Vanderlei Wosniak
Graduado em Educação Física pela FURB (SC)
Especialista em Interdisciplinaridade pela FACIPAL (PR)
Especialsta em Futsal pela UNOPAR (PR)
Educação Física Higienista
A educação física higienista é uma concepção particularmente forte nos anos finais do Império e no início da primeira República (1889-1930). A ênfase em relação à questão da saúde está em primeiro plano, e cabe a educação física um papel fundamental na formação de homens e mulheres sadios, fortes, dispostos à ação. A educação física higienista atua como agente de saneamento público, na busca de uma “sociedade livre das doenças infeccionais e dos vícios deteriorados da saúde e do caráter do homem do povo”. (JUNIOR, 1998, p.17).
Educação Física Militarista
Embora esteja seriamente preocupada com a saúde individual e com a saúde pública, o objetivo fundamental da educação física militarista é a obtenção de uma juventude capaz de suportar o combate, a lutar, a guerra. A educação física deve contribuir para “elevar a nação” à condição de “servidora e defensora da Pátria”. A coragem, a vitalidade, o heroísmo, a disciplina exacerbada compõe a plataforma básica desta concepção.
Educação Física Pedagogicista
Já no período pós-guerra (1945-1964), uma nova concepção ganha força. A educação física, deixando de ser somente uma prática capaz de promover saúde ou de disciplinar a juventude, mas de encará-la como uma prática eminentemente educativa, promovendo a “educação integral”.
Educação Física Competitivista
A partir dos anos 20 e 30, progressivamente, o desporto de alto nível ganhou espaço no interior da sociedade e, consequentemente, da educação física. No entanto, é nos anos 60-70 que esta concepção atinge o seu apogeu. Seu objetivo fundamental é a caracterização da competição e da superação individual como valores fundamentais e desejados para uma sociedade moderna. A educação física competitivista visa o indivíduo que, através dos seus esforços e dedicação chegou ao “podium”.
A tecnização crescente dos periódicos de educação física nos anos 60-70 reflete esse momento e desnuda o núcleo central da educação física competitivista. A tecnização, com sua aparente aura de neutralidade científica, casa-se perfeitamente bem com os interesses da educação física competitivista.
Abraço.