quinta-feira, 24 de setembro de 2009

AS CONTRIBUIÇÕES DA COMPETITIVIDADE NA EDUCAÇÃO FÍSICA (parte II)

Vanderlei Wosniak
Graduado em Educação Física pela FURB (SC)
Especialista em Interdisciplinaridade pela FACIPAL (PR)
Especialsta em Futsal pela UNOPAR (PR)

Educação Física Higienista
A educação física higienista é uma concepção particularmente forte nos anos finais do Império e no início da primeira República (1889-1930). A ênfase em relação à questão da saúde está em primeiro plano, e cabe a educação física um papel fundamental na formação de homens e mulheres sadios, fortes, dispostos à ação. A educação física higienista atua como agente de saneamento público, na busca de uma “sociedade livre das doenças infeccionais e dos vícios deteriorados da saúde e do caráter do homem do povo”. (JUNIOR, 1998, p.17).

Educação Física Militarista
Embora esteja seriamente preocupada com a saúde individual e com a saúde pública, o objetivo fundamental da educação física militarista é a obtenção de uma juventude capaz de suportar o combate, a lutar, a guerra. A educação física deve contribuir para “elevar a nação” à condição de “servidora e defensora da Pátria”. A coragem, a vitalidade, o heroísmo, a disciplina exacerbada compõe a plataforma básica desta concepção.

Educação Física Pedagogicista
Já no período pós-guerra (1945-1964), uma nova concepção ganha força. A educação física, deixando de ser somente uma prática capaz de promover saúde ou de disciplinar a juventude, mas de encará-la como uma prática eminentemente educativa, promovendo a “educação integral”.

Educação Física Competitivista
A partir dos anos 20 e 30, progressivamente, o desporto de alto nível ganhou espaço no interior da sociedade e, consequentemente, da educação física. No entanto, é nos anos 60-70 que esta concepção atinge o seu apogeu. Seu objetivo fundamental é a caracterização da competição e da superação individual como valores fundamentais e desejados para uma sociedade moderna. A educação física competitivista visa o indivíduo que, através dos seus esforços e dedicação chegou ao “podium”.
A tecnização crescente dos periódicos de educação física nos anos 60-70 reflete esse momento e desnuda o núcleo central da educação física competitivista. A tecnização, com sua aparente aura de neutralidade científica, casa-se perfeitamente bem com os interesses da educação física competitivista.

Abraço.