segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Estudos

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO


Para melhor análise dos contra-ataques e a relação com os resultados dos jogos da Taça Brasil de Futsal Feminino 2006, elaboramos os seguintes gráficos:

Gráfico 1: O número total de jogos (8) e total de contra-ataques (116);
Nos oito jogos analisados, ocorreu um total de 116 CA. Podemos observar que, tanto no jogo em que ocorreu o empate, quanto nos jogos em que se obteve a vitória através da vantagem mínima (vitória por um gol de diferença), as equipes manteram-se equilibradas também no número de CA. Sendo que em nenhum destes jogos, uma das equipes conseguiu vantagem superior a 15%, tratando-se da quantidade de CA. Por outro lado, nos jogos em que o placar apresentou-se mais dilatado (diferença igual ou superior a três gols), a equipe vencedora apresentou vantagem em relação a equipe derrotada, no número total de CA variando entre 26,3% a 55,5%.

Gráfico 2: A classificação dos contra-ataques;
Observa-se que na maior parte dos jogos analisados criou-se a situação de 3 X 2 e 2 X 2 nos contra-ataques.


Gráfico 3: A relação da atleta/função que iniciou mais vezes o contra-ataque;
Verificou-se que a atleta que mais iniciou os contra-ataques foi a pivô. Constatamos que na maioria dos jogos as equipes utilizaram a marcação na linha 3 (meia quadra), o que dificultou a penetração na defesa, facilitando o desarme por parte da primeira linha de defesa.


Gráfico 4: As situações de origem dos contra-ataques;
Constatou-se que a maioria dos contra-ataques surgiu através do desarme (dobra, marcação individual, interceptação do passe ou erro de passe).


Gráfico 5: Os resultados que mais vezes ocorreram com os os contra-ataques;
Vimos que grande parte dos contra-ataques resultaram em finalizações com defesa, pois a velocidade dos CA muitas vezes implicou em finalizações precipitadas. Porém, o percentual de contra-ataques sem finalizações também foi significativo, sendo que na maioria desses CA, ou a bola saiu da quadra de jogo, ou ocorreu o desarme.


Para finalizar o estudo, verificamos a relação dos contra-ataques com o resultado final das partidas.
Com a análise, percebemos que em 5 jogos a equipe que mais contra-atacou sai de quadra com o resultado positivo. Quando a equipe que menos contra-atacou venceu o jogo, isso em 2 dos 8 jogos, a altercação foi minima. E no jogo em que ocorreu o empate, o número de contra-ataques também foi igual.

** Peço desculpas pela ausência das figuras dos gráficos.

5 CONCLUSÃO


Verificamos que o número de contra-ataques nos oito jogos analisados foi de 116 CA.
Constatamos que na maioria dos jogos analisados, a equipe que mais contra atacou, saiu de quadra com o resultado positivo. Quando a equipe que contra atacou menos venceu (isto ocorreu em apenas 2 dos 8 jogos analisados), a diferença de contra-ataques foi mínima. No único jogo analisado que terminou empatado (UNOPAR/Londrina 1 x 1 Simões Filho), as equipes também empataram em contra-ataques (10 para cada).
Identificamos no estudo, que o tipo de contra-ataque que ocorreu com maior frequência foi na situação de 3x2, com 35 CA; seguido pela situação de 2x2, com 33 CA.
Quantificamos que 116 contra-ataques resultaram em 9 gols com 7,75% de aproveitamento.
Identificamos que a maioria dos contra-ataques são iniciados pelo pivo, com 32 CA .
Verificamos que a maior parte dos contra-ataques originam-se através do desarme, com 94 CA .
Detectamos que os contra-ataques resultaram na maioria em finalizações com 45 defesas da goleira, ou seja, 38,8%.
Ao término/longo deste trabalho, podemos observar que o contra-ataque pode ter uma relação direta com o resultado final do jogo, pois em 5 dos 8 jogos analisados, a equipe que mais contra-atacou, venceu os jogos.

REFERÊNCIAS

ANDRADE JUNIOR, José R. de. O jogo do futsal técnico e tático na teoria e na prática. Curitiba: Gráfica Expoente, 1999.

ARTIFON, Artêmio. II Congresso internacional de Educação Física e Desporto: futsal. Chapecó, 1995.

BARBOSA, Marco Octávio Simões. Beach Soccer – da iniciação à competição. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.

CID, Javier Lozano; GUTIERREZ, Saturnino Nino. Técnica en alta competición. Madrid: Federación Madrileña de Futbol-sala, 2002.

______, Javier Lozano; GUTIERREZ, Saturnino Nino; CONDE-SALAZAR, Miguel Rodrígo; RODRÍGO, Jesús Candelas; BARRIO, Enrique Hernando. Táctica en alta competición. Madrid: Federación Madrileña de Futbol-sala, 2002.

DANTAS, Estélio H. M. A prática da preparação física. 5.ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.

FERNANDES, José Luis. Futebol: ciência, arte ou ... sorte!: treinamento para profissionais – alto rendimento: preparação física, técnica, tática e avaliação. São Paulo: EPU, 1994.

FONSECA, Gerard Maurício. Futsal: treinamento para goleiros. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.

______, Gerard Maurício Martins; SILVA, Mauro Amâncio da. Jogos de futsal: da aprendizagem ao treinamento. Caxias do Sul: EDUCS, 2002.

GOMES, Antonio Carlos; MACHADO, Jair de Almeida. Futsal: metodologia e planejamento na infância e adolescência. Londrina: Midiograf, 2001.

HOYOS, Francisco Luque; TABERNERO, Francisco J.Luque. Futbol sala: apuntes de táctica. Madrid: Gymnos, 1995.

LEAL, Julio César. Futebol: arte e ofício. Rio de Janeiro: Sprint, 2000.

LUCENA, Ricardo. Futsal e a iniciação. Rio de Janeiro: Sprint, 1994.

MELO, Rogério Silva de. Futsal, 1000 exercícios. 2.ed. Rio de Janeiro: Sprint, 1999.

______, Rogério Silva de. Trabalhos técnicos para futebol. Rio de Janeiro: Sprint, 1999.

MENEZES, Maurílio Fonseca. Futsal - aprimoramento técnico e tático. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.

MUTTI, Daniel. Futsal: da iniciação ao alto rendimento. 2.ed. São Paulo: Phorte, 2003.

PAULA, Cláudio Karam de. V Seminário internacional de esportes de quadra. Curitiba, 1996.

PINHEIRO, Marcelo Gomes. V Seminário internacional de esportes de quadra: futebol de salão – básico. Curitiba, 1996.

SAAD, Michel Angillo; COSTA, Claiton Frazzon. Futsal: movimentações defensivas e ofensivas. Florianópolis: BookStore, 2001.

SANTOS FILHO, José Laudier Antunes dos. A preparação física no futebol de salão. Rio de Janeiro: Sprint, 1995.

______, José Laudier Antunes dos. Manual de futsal. 2. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2000.

TEUNISSEN, Evert. El fútbol sala: técnica, táctica, entrenamiento, reglamento. 2.ed. Barcelona: Hispano Europea, 1997.

VIANA, Adalberto Riqueira; GUEDES, Dartagnan Pinto; LEITE, Paulo Fernando; COSTA, Ricardo Vivacqua. Futebol. Rio de Janeiro: Sprint, 1987.

VOSER, Rogério da Cunha. Iniciação ao futsal: uma abordagem recreativa. Porto Alegre: ULBRA, 1996.

______, Rogério da Cunha; GIUSTI, João Gilberto. O futsal e a escola: uma perspectiva pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2002.

WEINECK, Erlangen J. Futebol total: o treinamento físico no futebol. Guarulhos: Phorte, 2000.

ZAMBERLAN, Elói. Handebol: escolar e de iniciação. Cambe: Imagem,1999.

Abraços !!!