quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A competitividade na Educação Física

A competitividade na Educação Física
Profº Esp. Vanderlei Wosniak

A educação física insere nos alunos através da competitividade, várias características como:
a) respeitar regras;
b) desenvolver o trabalho em equipe;
c) incentivar os alunos a treinarem até atingirem seus objetivos;
d) exigir sociabilização.
A competitividade tem presença marcante na educação física, torna a aula prazerosa e interessante, pois, conforme HOBBES (1998), mesmo que haja uma grande multidão, se o trabalho não for realizado em equipe, com todos almejando o mesmo objetivo, suas forças se reduzem a nada. Assim sendo, podemos afirmar que na competição esportiva, a conquista de objetivos também se atinge conforme HOBBES na citação acima.
No momento em que se culpa a escola de ser incapaz de preparar os cidadãos para o mercado de trabalho - espaço este tão competitivo – ainda encontramos quem diga que não é função da educação física, e porque não dizer da educação em geral, incentivar os alunos a serem competitivos, a buscar a conquista de seus objetivos através de seus próprios esforços.
Aprendem as crianças, também, a conviver com vitórias e derrotas, aprendem a vencer através do esforço pessoal e desenvolvem através do esporte a independência e a confiança em si mesmos, o sentido de responsabilidade.
No momento, em que a idéia da competição (concorrência) toma conta do esporte escolar, idéia esta que é formada pela busca da vitória, às vezes a qualquer custo (lucro), e do que ela representa na sociedade (vencer na vida), já não existe mais espaço para a discussão sobre as normas do esporte; o professor tem que se preocupar em desenvolver nos alunos e suas equipes o espírito de competição, condição para a obtenção de vitórias (vencer na vida).
Estas características que o esporte escolar apresenta não são geradas no seio do próprio esporte, e sim, são o reflexo mediatizado da estrutura social em que ele se realiza, ou seja, da sociedade capitalista.
Desde pequenos nós aprendemos os movimentos (saltar, correr, andar etc) á custa de muito treino, esforço e tentativas. São os exercícios, as repetidas tentativas, o treino que irão permitir a um bebê, por exemplo, realizar movimentos crescentemente complexos de mãos, braços, pernas, corpo e cabeça. É por meio de exercício de movimentos mais simples que ele vai se capacitando a realizar outros mais elaborados como sentar, engatinhar, e, depois andar, e assim por diante (TEIXEIRA, 1996, p.9).
Fica cada vez mais evidente que o espírito competitivo não é algo que a educação física inseriu na sociedade, mas sim, ela é algo que nos acompanha desde o nascimento. A educação física procura tornar esta necessidade de competição uma atividade prazerosa e bela.
A competitividade tem origem com o nascimento, é cultivado durante a infância, principalmente no âmbito escolar e, expressa toda sua essencialidade no mundo adulto (mercado de trabalho).
O esporte, com efeito, é a aprendizagem de uma liberdade que recusa os soníferos e os sedativos do devaneio gratuito (MAGNANE, 1969, p.147).

Grande abraço.