terça-feira, 30 de junho de 2009

Auto-rendimento

Auto-rendimento - Fev/2007

Wilton Carlos de SantanaMestre em Pedagogia do Movimento pela UNICAMP (SP)Doutorando em Educação Física na Unicamp (SP)


Para parte dos professores de futsal, crianças não passam de estatística. Aqueles sobrevivem da quantidade de gols que estas fazem, do número de desarmes que executam, do tempo que jogam, das vezes que jogam, dos títulos que conquistam, enfim, do seu desempenho. Os “treinadores” costumam inscrever suas equipes, de crianças de 06 a 09 anos, nos campeonatos oficiais (Liga e Federação). Assim, têm a oportunidade de demonstrar o “profissionalismo da comissão técnica”, promoverem-se e angariar alguns pa(i)trocinadores. É preciso salientar que, nessas competições, em função de perseguirem a vitória a qualquer custo, resultado exclusivo que boa parte dos adultos aceita, esses professores apóiam poucas crianças, deixando as demais no banco de reservas todo o jogo, o mês, o ano. Oponho-me a esse tipo de prática. Causam-me indignação algumas cenas e atitudes grotescas quando da disputa de jogos nessa faixa etária. Sobra fragilidade pedagógica em parte dos professores de crianças esportistas. O olhar míope compromete o ambiente e, por extensão, o aprendizado dos alunos.
“O esporte na infância é, sempre, educacional. Não importa se realizado em clube ou escola. Trata-se de auto-rendimento e não de alto rendimento”.
A rigor mesmo, crianças deveriam competir “pra valer” (nas chamadas competições federadas) mais para frente, a partir dos 12 anos de idade, quando em geral acumulariam mais experiência motora, técnico-tática e emocional. Não é preciso competir cedo para ser um craque de futsal no futuro! Já mostramos isso quando do artigo “A iniciação de jogadores de futsal com participação na seleção brasileira”. Por outro lado, nada impediria as crianças de se iniciarem no futsal cedo, desde que orientadas por professores que planejassem aulas diversificadas, que as poupassem da excessiva competitividade, que propusessem alternativas para isso, como encontros e festivais, que as privassem do rigoroso crivo de boa parte dos adultos, que as propiciassem jogos em que, todas, jogassem. O esporte na infância é, sempre, educacional. Não importa se realizado em clube ou escola. Trata-se de auto-rendimento e não de alto rendimento. Ser educacional implica em ser ético e responsável, o que inclui buscar a excelência (superar-se), mas exclui viver para atender às idiossincrasias de professores mal preparados.

Disponível em www.pedagogiadofutsal.com.br

Abraço.

Um modelo

Cuba: Potência esportiva 09/05/2004

Cuba, 11 milhões de habitantes, 11 milhões de esportistas. Uma história que começou há 45 anos, num discurso.
"Nosso nível esportivo é muito baixo. Temos que tentar elevá-lo rapidamente." Fidel Castro disse isso 29 dias depois de ter chegado ao poder com a Revolução Cubana, em 1959. Treze anos depois, nos Jogos Olímpicos de Munique, nascia uma nova potência olímpica: Cuba. Desde então, os cubanos ficaram sempre entre os dez primeiros no quadro de medalhas.
A crise econômica que o país enfrenta desde o fim da União Soviética, o isolamento político e ainda o bloqueio econômico dos Estados Unidos não afetam o desempenho esportivo.
Nos últimos jogos olímpicos, em Sydney, no ano 2000, Cuba ficou em nono lugar no quadro de medalhas: 11 de ouro, 11 de prata e 7 de bronze, uma posição à frente da rica Grã-Bretanha.
A ilha celebra a força no esporte com uma Olimpíada Nacional. Está na segunda edição, em que participam 4 mil atletas cubanos, numa preparação para os Jogos Olímpicos de Atenas.
O segredo desse sucesso esportivo está escondido em prédios de aparência feia. Não há dinheiro para a manutenção, mas, lá dentro, crianças aprendem a ser atletas.
Em Cuba, o principal instrumento para se praticar esportes não é uma bola, uma chuteira, uma sapatilha, uma raquete, mas sim a carteira escolar.
"Não se concebe um bom esportista que não seja um bom aluno", ressalta Javier Sotomayor, que conquistou a medalha de ouro no salto em altura nas Olimpíadas de Barcelona, em 1992.
Aos 5 anos, uma criança escolhe uma modalidade e passa a praticá-la diariamente na escola.
Se tem sucesso, aos 8 anos, vai para uma escola formada de atletas. É a pirâmide cubana. À medida que o aluno avança nos estudos vai sendo avaliado como atleta. Até que, na Universidade do Esporte, só chegam os atletas de alto rendimento.
Em uma turma de tiro com arco, de uma escola em Havana, as condições são precárias, mas o que faz diferença é a formação.
"Quando se tem vontade de seguir adiante, se põe toda a capacidade de inteligência, de perseverança. Essa é a característica do povo cubano", comenta Ana Quirot, bicampeã mundial nos 800 metros rasos.
Quem não tem o talento para ser atleta continua na escola normal e segue praticando alguma modalidade.
"O mais importante para nós não são as medalhas, mas o ser humano e o melhoramento da qualidade de vida e que o esporte possa ser algo importante na educação das novas gerações de cubanos", enfatiza Alberto Juantorena, que conquistou duas medalhas de ouro no atletismo, nas provas de 400 e 800 metros rasos, nas Olimpíadas de Montreal, em 1976.
Havana, 18h de uma terça-feira. Cerca de 3 mil pessoas estão na Cidade Esportiva, uma área pública de lazer. Não estão competindo, estão simplesmente praticando esporte, muitos esportes. Ao fundo, uma frase que explica tudo: "Cuide de sua saúde, pratique esporte."
Os campeões são tratados como heróis, como exemplos bem sucedidos do regime. Quanto mais medalhas, mais prêmios. Pode ser uma casa, um carro.
Os atletas retribuem com atitudes em favor de Cuba. Uma prova é o tricampeão olímpico de boxe, Félix Savón. Ele recebeu convites para se naturalizar americano e, conseqüentemente, ficar milionário no boxe profissional. Disse não.
"Se eu não lutar por Cuba, quem vai lutar? Sou filho dessa revolução, sou filho desse povo. Se vou embora, quem vai lutar por mim?", questiona Savón.
Acima de tudo, os cubanos são obstinados, como Mireya Luís, tricampeã olímpica de vôlei e carrasca das brasileiras. "Não gostamos de perder. Falando cubanamente, um cubano não gosta de perder", brinca Mireya.
A festa de encerramento da II Olimpíada Nacional foi diferente. Uma simultânea de xadrez, com 13 mil pessoas. Recorde mundial. Em Cuba, o xadrez é disciplina obrigatória nas escolas, uma idéia de um dos líderes da revolução, o argentino Ernesto Che Guevara. A simultânea foi em frente ao túmulo de Che, em Santa Clara, a 300 quilômetros de Havana.
Che também deixou como herança um outro ensinamento para os cubanos. A frase mais famosa do revolucionário ganhou uma interpretação para o esporte: "Até a vitória. Sempre."

Abraço.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Conteúdo

Sugestões de Conteúdos nas Diferentes Categorias Competitivas no Futsal

*Prof. Fernando FerrettiTécnico da Seleção Brasileira de Futsal
*Prof. Paulo GambierTécnico da EMBRAED/Itajaí - SC

Uma das maiores dificuldades que o profissional de Futsal encontra é formatar os conteúdos de acordo com a faixa etária(categoria) do atleta. Sempre cabe a dúvida de qual assunto desenvolver, em cada categoria competitiva. Outro tema importante a considerar é a individualidade técnica de cada aprendiz. A capacidade técnica do atleta é determinante para o bom funcionamento tático (interação do grupo chamado plantel) da equipe.
Tomando por base os fundamentos táticos, base do atleta bem formado, passamos a sugerir alguns conteúdos de acordo com a faixa etária.

DEFESA:
Iniciação ao Pré-Mirim (de 07 a 10 anos)
- Aprendizado da marcação individual (quem acompanha quem na hora de defender);
- Princípios do conceito de cobertura (Estar atento no companheiro que é driblado);
- Marcação de bolas paradas (falta, lateral, escanteio, e saída de centro);
- Estar sempre que possível, atrás da linha da bola.

Mirim até Infantil (11 a 14 anos)
- Cobertura por setores (O atleta marca o seu e já está pendente do espaço do companheiro adjacente);
- Identificação do último homem (É o inicio da percepção do quanto é importante atacar pensando em defender);
- Bolas Paradas (Saber se colocar para defender as diversas jogadas de bola parada do adversário);
- Identificar as linhas de defesa de acordo com a linha da bola.

Infanto até Juvenil (15 até 19 anos)
- Aperfeiçoamento do sentido de cobertura (quem cobre quem de acordo com os setores vulneráveis)
- Saber que as linhas se alteram constantemente, de acordo com o ataque adversário, e que se deve sempre buscar o equilíbrio suficiente para tentar desarmar o adversário nos diferentes espaços de quadra.

ATAQUE:
Iniciação ao Pré-Mirim (07 aos 10 anos)
- Noções de tempo e espaço;
- Diferentes tipos de passe;
- Não especializar nas diversas posições de quadra;
- Jogadas combinadas com poucos tempos de execução.

Mirim até Infantil (11 até 14 anos)
- Especializar nas diversas posições sabendo que o Futsal é dinâmico e exige do atleta conhecimento dos diversos espaços de quadra e das posições que ocupam (Os diversos posicionamentos em relação aos companheiros e adversários);
- Sistemas de ataque pouco complexos (jogar com pivô - quando se mete a bola, quem é que passa, a que tempo e quem se preocupa em cobrir);

Infanto até Juvenil 15 até 19 anos)
- São reconhecidos pela sua qualidade em determinada posição. Mas reúnem informações para identificar o básico de todas elas. Por exemplo: Um pivô quando é obrigado a estar de beque, sabe alguns conceitos que ajudam a não comprometer a defesa (Futsal é dinâmico);
- Sistemas de ataque e defesa mais complexos;
- Conhecimento dos diferentes Tempos de ataque que sempre estará de acordo com a defesa adversária;
- Ler e entender o jogo, principalmente o do adversário. É claro que todo conteúdo vai se modulando de acordo com o tempo e com a vivência do profissional que comanda os treinamentos. Ensinar nosso atleta a raciocinar sobre o jogo é básico. É o tal conteúdo cognitivo, aquilo que a gente vai botando para dentro da cabeça do atleta, à medida que vamos aperfeiçoando sua técnica. Uma variante não caminha sem a outra. Pense nisso e até breve.

Abraço.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Craques nascem feitos ou se formam craques?

Craques nascem feitos ou se formam craques?
Prof. Fernando Ferretti - Malwee Futsal / SC
Publicado em 01 de março de 2009

Circula pela internet imagens - estão no blog(www.ferrettifutsalblog.blogspot.com) - de um menino argelino que vive na Franca, de 6 anos que já esta sendo apontado como o novo Zinedine Zidane pela imprensa francesa. Trata-se realmente de um fenômeno, como se pode ver, mas e também uma grande exceção da regra de que craque, para formar-se craque realmente, depende de dois fatores principais, que alias aprendemos em biologia já no primeiro grau: O genótipo (carga genética que trazemos de nossos pais e antepassados) e do fenótipo (a influencia do meio onde vivemos os estímulos que recebemos e as oportunidades de realizar um treinamento de qualidade).
Quantos bons jogadores de bola conhecemos e que não vimos triunfar em nenhuma equipe de futebol ou futsal? Por quê? Como explicamos? Apesar da habilidade inata, não progrediu ao estrelato e, ao contrario, alguns jogadores de técnica discutível conseguem chegar ao apogeu em importantes equipes. São importantes taticamente e indispensáveis no funcionamento das equipes.
É o tal do genótipo e o tal do fenótipo. Falar que craque nasce feito e não ter estado a beira da quadra para ver e testemunhar que craque se faz com muito treino e informação.
Piaget diz que a aprendizagem se da segundo parâmetros motores, cognitivos e afetivos.Portanto o que treinamos, o que botamos para dentro da cabeça do nosso atleta (comentamos, corrigimos e repetimos e a experiência de outrem) e o ambiente facilitador da aprendizagem que criamos.
O menino argelino Madin e dessas aberrações que demoram muito para surgir e mesmo assim vamos aguardar o futuro para ver se não há aí uma queima de etapas com o menino, ao se criar muita expectativa em torno de alguém de apenas 6 anos.Vamos ver se vai vivendo experiências educativas realmente significativas que o levem a ser o jogador que todos esperamos que seja,aliás para o bem do futebol.Pense nisso e ate breve.

Abraço.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

CONSIDERAÇÕES SOBRE O GOLEIRO LINHA

CONSIDERAÇÕES SOBRE O GOLEIRO LINHA
Prof. Fernando Ferretti -Treinador da Malwee Futsal - CREF 3.000-G/SC

A postura de um goleiro ofensivo ,vem sendo uma saída comum a maioria das equipes que necessitam remontar um marcador adverso ou até,como estamos vendo recentemente,para manter a posse de bola por mais tempo,quando estamos vencendo uma partida.Muitos desenhos ofensivos são usados como o 1 - 2 – 2 e o 2 – 1 – 2 mas,a nosso ver,tão ou mais importante que os desenhos de ataque,são as seguintes ações que chamamos “TEMPOS DE JOGO DO GOLEIRO LINHA” ,a saber:
1) ENTRAR NO CAMPO DE ATAQUE – Ali deve estar o goleiro ,para um jogo de qualidade ofensiva,já que estará livre das limitações dos 4 segundos de posse de bola;2) ESPERAR O DESEQUILÍBRIO DEFENSIVO DO ADVERSÁRIO – Ao entrar no campo ofensivo deve equilibrar-se,quase parar,esperando o momento em o defensor sai ao seu encontro tentando desarma-lo.Aí está a hora ideal do passe ,pois neste momento começa a vantagem numérica que buscamos;3) ATACANTES ENTRAM EM LINHA DE PASSE – São facilitadores para os passes do goleiro e NUNCA devem estar estáticos e/ou “escondidos” .
Então, considerando que ultimamente as defesas tem prevalecido sobre os ataques,veremos que inobservância a alguns destes citados itens,pode ser a causa do baixo aproveitamento ofensivo nas situações do goleiro linha.Isto posto, independente do desenho que usamos,devemos dar sustentação tática ao mesmo,para o bom funcionamento das ações ofensivas do goleiro linha.
Pense nisso e até breve....

Abraço.

Convite

Temos o prazer de convidar sua equipe a participar da II Copa Soc. Harmonia de Futsal 2009.
A referida competição é uma promoção da Soc.Harmonia/Frei Policarpo/FME/Ociani e tem como finalidade promover o esporte como ação de cidadania e integração social.
A participação de sua equipe será muito importante visando enobrecer ainda mais o evento.
Segue abaixo programação e regulamento técnico da competição.
Contando com vossa nobre participação, desde já agradecemos e reiteramos nossos mais sinceros votos de estima e apreço.

PROGRAMAÇÃO GERAL

Copa Soc. Harmonia de Futsal 2009
Local do evento: Ginásio de esportes Frei Policarpo.
Rua Bonifácio Haendchen, 4400 bairro Belchior Alto – Gaspar.
DIA 18/07/2009 – SÁBADO
Categoria: Sub-14 MASCULINO (nascidos em 1995,96,97...)
Horário de inicio: 08:30 horas.
Inscrições: Até 13/07/2009 (segunda-feira)
Valor da Inscrição: R$ 70,00 por equipe

CONFIRMAR INSCRIÇÃO com:
- Profº Vanderlei (Vandeco)
prof.vanderlei@globo.com
3334 6797 ou 84236950
- Profª Lucilene
lu_perini@yahoo.com.br
99633353

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Futsal para Jovens

Futsal para Jovens

O futsal está em constante crescimento, e vem ganhando cada vez mais, novos adeptos.
As crianças iniciam a prática esportiva cada vez mais cedo e, é exatamente neste ponto em que reside nossa dúvida.
É correto crianças 7,8 ou nove anos receberem responsabilidades táticas?
Ao assistirmos alguns jogos da categoria pré-mirim (em alguns casos, até antes), as crianças se movimentam feito “robôs” em quadra, com movimentos pré-estabelecidos. Não estaremos desta forma inibindo a criatividade das crianças? Não estaremos tirando-lhes o prazer do jogo?
As crianças nessa faixa etária devem experimentar o maior número de movimentos possíveis, adquirindo através do lúdico o prazer pela modalidade.
Devemos proporcionar-lhes o direito à criatividade e a liberdade.
Acredito que desta maneira estaremos contribuindo para a formação de jovens responsáveis, autônomos, críticos e, principalmente felizes.

Abraços.

terça-feira, 23 de junho de 2009

A arma de Dunga

Conhecimento tático ou inexperiência: qual a arma de Dunga? (Por Rodrigo Azevedo Leitão)

Começo a pensar que aquela que era para mim a principal fragilidade do treinador da seleção do Brasil, é na verdade sua principal virtude
Não estou aqui a escrever esse texto para defender esse ou aquele treinador, nem tão pouco para apontar defeitos personificados em um sujeito qualquer que um dia decidiu se tornar treinador de futebol.Quando aponto falhas no comportamento organizacional de uma equipe, não tenho pretensão alguma de criticar o trabalho do “comandante” da tal equipe, apenas quero discutir como ela joga o jogo.Hoje, vou então abrir uma exceção, para escrever sobre o treinador da seleção brasileira de futebol, o Dunga.Confesso ainda achar muito estranho que alguém assuma como primeiro trabalho em sua profissão (em sua carreira), aquele que é tido como o mais importante, difícil e valorizado dentre seus pares.O fato é que depois de ouvir recentes depoimentos de jogadores brasileiros que jogam ou jogaram na Europa nos últimos anos, começo a pensar que aquela que era para mim a principal fragilidade (defeito, problema!) do treinador da seleção do Brasil, é na verdade sua principal arma (vantagem, qualidade, virtude).Explico. É muitas vezes assustador assistir nos programas “especializados” em futebol na televisão brasileira as comparações infundadas sobre o futebol praticado na Europa e o praticado no Brasil. Um sem número de argumentos vazios é usado para tentar convencer aos ouvidos menos atentos de que dentro do campo, seja no âmbito da preparação física, técnica ou tática, nós brasileiros somos imbatíveis.É um velho-novo discurso que, reduzindo o futebol à relações de causa-efeito, simplifica ao bel prazer dos achismos, fatos e teorias que explicam o ponto de vista que se quer defender.É incontestável que fatores como a preocupação da Uefa com a qualidade da formação dos treinadores em ação no território europeu (da base ao profissional), a proximidade entre as Universidades (Ciência) e a prática em alguns centros, e o grande número de eventos que promovem discussão entre profissionais em diversos países da Europa têm garantido já há algum tempo um grande salto de qualidade no jogar das equipes européias.Nossos jogadores saem do Brasil e no velho continente (aqueles que se adaptam aos novos paradigmas) aprendem coisas novas sobre o jogo, evoluem seu jogar e em contrapartida oferecem as suas equipes novas outras possibilidades (e está feita a troca).E o Dunga com isso?O treinador brasileiro passou cerca de 11 anos de sua carreira de jogador fora do Brasil (6 anos na Itália, 2 anos na Alemanha e 3 anos no Japão [fonte: Wikipédia]). Aprendeu muitas coisas por lá. Algum tempo depois de se “aposentar” no Brasil, tornou-se treinador – e logo da Seleção Brasileira.Não precisou respirar os bastidores dos clubes brasileiros (em sua maioria viciados em um tempo “estragado” que parou no passado), nem conviver com alguns de seus jogadores acostumados com desmandos de um futebol que “é assim mesmo”.Assumiu um cargo em que os seus comandados aprenderam coisas novas, experimentaram outros paradigmas, atravessaram o Atlântico e cresceram como atletas e como homens; passaram a jogar um futebol que o próprio Dunga tirou lições. E como não tinha experiência alguma como treinador tratou de buscar informação e conhecimento.Sem os vícios que poderiam dificultar seu trabalho com os grandes astros do futebol brasileiro e com uma visão mais ampla sobre o que se faz no futebol europeu tem tentado, de certa forma, dar significado a coisas que antes eram substituídas ou ficavam ofuscadas por gritos na beira do gramado.Não acredito que Dunga seja melhor ou pior o que esse ou aquele treinador. Penso somente que sua vantagem é não ter tido tempo e experiência como técnico dentro do nosso bom futebol brasileiro; e só com isso já tem tido resultados mais satisfatórios do que seus antecessores em vários aspectos.O que acredito sim, é que estamos muito distantes ainda de ter uma seleção brasileira jogando de maneira a potencializar o talento de nossos jogadores ao mesmo tempo em que se apresenta como uma equipe tática avassaladora.Por fim, só para constar, uma questão: por que os “especialistas futeboleiros” de maior “alcance” na mídia, diferente do que faziam (e fazem como praxe) com outros treinadores, vivem a elogiar o Dunga (a responsabilidade é sempre dos outros)?

Disponível em www.universidadedofutebol.com.br, acessado em 23/junho/2009.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Liga Futsal 2009

Vem aí a 2ª fase. Após o término da 1ª fase, as 12 equipes de melhor campanha avançaram a 2ª fase, que será dividida em dois grupos com seis equipes cada.
- Krona/Joinville/DalPonte ............. 40 pts
- Carlos Barbosa ................................ 38
- Atlântico/Erechim...........................36
- Malwee Futsal ................................. 35
- V&M Minas ...................................... 32
- Copagril/Faville/DalPonte..............31
- Florianópolis Futsal ........................31
- Cortiana/UCS/AFF ......................... 29
- RCG/Garça/Umbro ........................ 29
- Poker/PEC/Ikinha .......................... 28
- Intelli/Orlândia ...............................27
- Zaeli/Penalty/Umuarama .............. 26
- Diplomata/Muffatão/Cascavel .................. 25
- SãoCaetano/Corinthians/Unip................... 22
- PraiaClub/Pref.Uberlândia......................... 21
- Seguridade/Unisul/Penalty........................ 17
- São Paulo/Suzano............................................6
- Vasco da Gama.................................................3
- Álvares/Vitória.................................................2

Abraço.
-

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Definido os grupos

Grupos do 5º Grand Prix
Grupo A:
Brasil
República Tcheca
Moçambique
Peru

Grupo B:
Irã
Costa Rica
Romênia
Uruguai

Grupo C:
Guatemala
Angola
Paraguai
Hungria

Grupo D:
Ucrânia
Argentina
Venezuela
Equador

Abraço.