domingo, 28 de fevereiro de 2010

BASQUETEBOL II

Conteúdo:
- recreação
- atividade física
- histórico
- atividades com exercícios combinados
- fundamentos: drible, passe, bandeja, arremesso e recepção
- giros e mudanças de direção
- rebotes de ataque e defesa
- sistemas de ataque e defesa
- fundamentos individuais de ataque e defesa
- regras
- jogo

Objetivos:
- ter domínio da bola
- driblar com proteção e objetividade
- saber passar e receber em movimento
- executar arremessos com ambas as mãos e uma mão só
- saber marcar e desmarcar individualmente
- saber executar a bandeja
- regras e normas do basquete
- através dos exercícios combinados, aprimorar os fundamentos básicos
- coordenar e explorar os movimentos do desporto
- aulas recreativas para despertar a socialização

Aplicação:
- aulas práticas e teóricas utilizando os processos pedagógicos e educativos na forma de adaptação, educativos, competição (respeitando as etapas de aquecimento, desenvolvimento e volta à calma)
- exposição com aulas de vídeo
- jogos pré-desportivos
- execução e interpretação das regras.
- atividades para ataque e defesa
- marcação e desmarcação

ATIVIDADE 07 Futsal
Jogo da posse de bola
Objetivo: aumentar o tempo da posse de bola e selecionar os ataques
Material: 15 coletes,1 bola e 8 cones
O jogo: 4 equipes com 3 a 5 atletas cada. Jogo normal, porém o atleta da equipe que jogar a bola para fora sai do jogo. O mesmo acontece se a equipe sofrer o gol.

Referência: Prof° José Roulien de Andrade Júnior
Abraço!

sábado, 27 de fevereiro de 2010

BASQUETEBOL I

Conteúdo:
- exercícios físicos
- aulas de vídeo
- histórico
- fundamentos: passe, bandeja, drible, lançamento e, início do arremesso
- movimentação com e sem bola
- deslocamento
- regras (simplificadas)
- jogo
- recreação.

Objetivos:
- que o aluno saiba como jogar basquetebol
- saber passar, driblar, receber a bola
- distinguir os tipos de passes
- empunhar a bola
- ter noção de direção e força para lançar e arremessar a bola à cesta
- através dos exercícios, aprimorar e explorar a parte física e a postura, e coordenar os movimentos para o jogo de basquete.

Aplicação:
- aulas práticas e teóricas utilizando os processos pedagógicos e educativos na forma de adaptação, educativos, competição (respeitando as etapas de aquecimento, desenvolvimento e volta à calma)
- exposição com aulas de vídeo
- jogos pré-desportivos
- execução e interpretação das regras.

ATIVIDADE 06 Futsal
Jogo das 4 traves
Objetivo: melhorar a visão periférica
Material: 5 coletes,1 bola e 8 cones
O jogo: Coloca-se quatro golzinhos-traves (montados com os cones), um em cada linha de fundo e um em cada lateral. Cada equipe marca gol em 1 trave lateral + 1 trave linha de fundo. Jogo normal, procurando sempre evitar que algum jogador fique dentro da trave para impedir o gol adversário.

Referência: Prof° José Roulien de Andrade Júnior
Abraço!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Sugestões de Conteúdos nas Diferentes Categorias Competitivas no Futsal III

Infanto até Juvenil (15 até 19 anos)

Defesa:
- Aperfeiçoamento do sentido de cobertura (quem cobre quem de acordo com os setores vulneráveis)
- Saber que as linhas se alteram constantemente, de acordo com o ataque adversário, e que se deve sempre buscar o equilíbrio suficiente para tentar desarmar o adversário nos diferentes espaços de quadra.

Ataque:
- São reconhecidos pela sua qualidade em determinada posição. Mas reúnem informações para identificar o básico de todas elas. Por exemplo:
Um pivô quando é obrigado a estar de beque, sabe alguns conceitos que ajudam a não comprometer a defesa (Futsal é dinâmico).
- Sistemas de ataque e defesa mais complexos. Conhecimento dos diferentes Tempos de ataque que sempre estará de acordo com a defesa adversária
- Ler e entender o jogo, principalmente o do adversário.

Referência: Profº Fernando Ferretti (treinador da Malwee Futsal)
Abraço!

Sugestões de Conteúdos nas Diferentes Categorias Competitivas no Futsal II

Mirim até Infantil (11 a 14 anos)

Defesa:
- Cobertura por setores - O atleta marca o seu e já está pendente do espaço do companheiro adjacente.
- Identificação do último homem - É o inicio da percepção do quanto é importante atacar pensando em defender.
- Bolas Paradas - Saber se colocar para defender as diversas jogadas de bola parada do adversário.
- Identificar as linhas de defesa de acordo com a linha da bola.

Ataque:
- Especializar nas diversas posições sabendo que o Futsal é dinâmico e exige do atleta conhecimento dos diversos espaços de quadra e das posições que ocupam
- Os diversos posicionamentos em relação aos companheiros e adversários.
- Sistemas de ataque pouco complexos (jogar com pivô - quando se mete a bola, quem é que passa, a que tempo e quem se preocupa em cobrir.)

Referência: Profº Fernando Ferretti (treinador da Malwee Futsal)
Abraço!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Sugestões de Conteúdos nas Diferentes Categorias Competitivas no Futsal I

Iniciação ao Pré-Mirim (de 07 a 10 anos)

Defesa:
- Aprendizado da marcação individual - quem acompanha quem na hora de defender.
- Princípios do conceito de cobertura - Estar atento no companheiro que é driblado.
- Marcação de bolas paradas (falta, lateral, escanteio, e saída de centro) - Estar sempre que possível, atrás da linha da bola.

Ataque:
- Noções de tempo e espaço
- Diferentes tipos de passe
- Não especializar nas diversas posições de quadra
- Jogadas combinadas com poucos tempos de execução

Referência: Profº Fernando Ferretti (treinador da Malwee Futsal)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Atividade 05 FUTSAL

Jogo da Zona de Armação
Objetivo: aproveitar o desequilíbrio da defesa
Material: 5 coletes e 1 bola
O jogo: Entre as duas marcas do tiro de 10 metros, somente 1 toque na bola, acelerando a armação do ataque. (Este é o espaço da zona de armação). Nas outras zonas o toque é livre.

Referência: Prof° Fernando Ferretti (treinador da Malwee Futsal)

Abraço!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

ATLETISMO III

Conteúdo:
- recreação
- exercícios físicos
- corrida de velocidade
- corrida de resistência
- revezamento
- corridas com barreiras
- saltos: distância, triplo, altura
- arremesso de peso
- lançamentos: disco
- lançamento: dardo, martelo (apenas teoria)
- regras
- aulas de vídeo

Objetivos:
- que o aluno saiba praticar todas as provas, próximo a técnica
- saber distinguir as provas e suas regras
- através da recreação participar e incorporar as provas desenvolvendo o espírito de esportista no aluno

Aplicação:
- aulas práticas e teóricas utilizando os processos pedagógicos e educativos na forma de adaptação, educativos, competição (respeitando as etapas de aquecimento, desenvolvimento e volta à calma)
- exposição com aulas de vídeo
- grandes jogos e jogos pré-desportivos
- execução e interpretação das regras.
- prática: execução dos fundamentos
- movimentação de ataque e defesa

Atividade 04 FUTSAL
Jogo de posse
Objetivo: Aumentar o tempo de posse de bola e selecionar ataques.
Material: 5 coletes e 1 bola
Desenvolvimento: Jogo normal, porém a equipe que jogar a bola para fora sai do jogo ou que tomar um gol. Isto leva a equipe que está com posse de bola a selecionar ataques, evitando o ataque precipitado obtendo assim um maior tempo de movimentação de bola.

Referência: Ricardo Alexandre - rialex@uol.com.br - Brasília / DF

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

ATLETISMO II

Conteúdo:
- histórico
- corridas de velocidade
- corridas de resistência
- salto em distância e altura em todos os estilos
- arremesso do peso
- regras
- aulas de vídeo
- exercícios físicos e ginástica
- marcha atlética.

Objetivos:
- melhorar a técnica aprendida na série anterior, atividade de maior grau de dificuldade
- regras

Aplicação:
- aulas práticas e teóricas utilizando os processos pedagógicos e educativos na forma de adaptação, educativos, competição (respeitando as etapas de aquecimento, desenvolvimento e volta à calma)
- exposição com aulas de vídeo
- jogos pré-desportivos
- execução e interpretação das regras.
- através dos exercícios físicos coordenar os movimentos para tipo de prova e também postura.

Atividade 03 FUTSAL
Jogo do Gato
Objetivo: Sair e entrar no campo visual do marcador
Material: 5 coletes e 1 bola
O jogo: (5X5)O jogador que conduz a bola não pode ser desarmado. Ao marcador do homem da bola só é permitido interceptar o passe. Enquanto isso, os outros jogadores buscam desmarcar-se, saindo e entrando do campo visual do marcador (fazendo o gato).
Referência: Profº Fernando Ferretti (técnico da Malwee Futsal)

Abraço!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

ATLETISMO I

Conteúdo:
- Histórico
- Corridas de velocidade
- Corridas de resistência
- salto em distância
- salto em altura
- recreação
- exercícios físicos ou ginástica

Objetivo:
- o aluno deverá ser capaz de coordenar os movimentos de corrida
- ter noção de saltos e arremessos
- saber as regras fundamentais
- saber a importância da atividade física, fazendo corretamente os exercícios propostos e conseqüentemente os seus benefícios
- diferenciar e ter noção das provas.

Aplicação:
- aulas práticas e teóricas utilizando os processos pedagógicos e educativos na forma de adaptação,competição (respeitando as etapas de aquecimento, desenvolvimento e volta à calma)
- exposição com aulas de vídeo
- jogos pré-desportivos
- execução e interpretação das regras.


Atividade 02 FUTSAL
Jogo dos 3 Toques ou mais
Objetivo: andar com a bola
Material: 5 coletes e 1 bola
O jogo: 5 x 5. O atleta que está com a bola não pode passar antes de dar 3 toques ou mais na bola. Ao andar com a bola, fazendo a devida proteção o atleta, vai desequilibrando a marcação.
Referência: Profº Fernando Ferretti (técnico da Malwee Futsal)

Abraço!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

ANO LETIVO 2010


Modalidades trabalhadas de 5ª a 8ª série (ensino fundamental).
- ATLETISMO
- BASQUETEBOL
- FUTSAL
- HANDEBOL
- VOLEIBOL

Atividade 01 FUTSAL
Jogo de 1 toque
Objetivo: velocidade do passe
Material: 5 coletes e 1 bola
O jogo: 1 toque na bola ,o tempo todo. Só é permitido pisar na bola e a partir daí passar com a sola do pé, sem perder o contato com a bola.
Referência: Profº Fernando Ferretti (técnico da Malwee Futsal)

Abraço!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

NA FINAL

VASCO bate o Fluminense por 6 a 5 nos penaltis (após 0 x 0 no tempo normal) e aguarda o vencedor do duelo entre BotaFogo e Flamengo para decidir a Taça Guanabara.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Nosso tempo

George Carlin

Nós bebemos demais, gastamos sem critérios. Dirigimos
rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde,
acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV
demais e raramente estamos com Deus.

Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.

Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos
freqüentemente.

Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos
à nossa vida e não vida aos nossos anos.

Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a
rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas
não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.

Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo,
mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos
menos; planejamos mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.

Construímos mais computadores para armazenar mais
informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos
comunicamos cada vez menos.

Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta;
do homem grande, de caráter pequeno; lucros acentuados e
relações vazias.

Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas
chiques e lares despedaçados.

Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral
descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das
pílulas 'mágicas'.

Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na
dispensa.

Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te
permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar
'delete'.

Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas
não estarão aqui para sempre.

Lembre-se dar um abraço carinhoso em seus pais, num amigo,
pois não lhe custa um centavo sequer.

Lembre-se de dizer 'eu te amo' à sua companheira(o)
e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, se ame...
se ame muito.

Um beijo e um abraço curam a dor,
quando vêm de lá de dentro.

Por isso, valorize sua familia e as pessoas que estão ao
seu lado, sempre.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

2010 - 2011 PV na estrada

Engenheiros do Hawaii: entrevista com Humberto Gessinger Publicado em:
3.2.2010
Por: Henrique Inglez de Souza
Depois de comandar os Engenheiros do Hawaii por cerca de 23 anos, Humberto Gessinger resolveu dar um tempo na banda e encarar novos rumos. A caravana, agora, segue com o Pouca Vogal, um duo formado com o guitarrista Duca Leindecker (Cidadão Quem). O som deles é marcado por arranjos adornados por vocais, violão, viola caipira, guitarra, piano, entre outros instrumentos.

Voltar com sua famosa banda não é uma possibilidade descartada, mas, no momento, tal ideia passa longe de seus planos. Para não deixar tantos anos e sucessos do rock nacional pairando pelo ar, Gessinger decidiu colocar suas memórias de estrada na biografia ‘Pra Ser Sincero – 123 Variações Sobre Um Mesmo Tema’ (Belas-Letras), lançada em 2009 (foto).

As páginas do livro trazem boa parte da história dos Engenheiros do Hawaii, um dos grupos que tornaram o rock um estilo forte no Brasil dos anos 1980. Apesar de sua imagem ter sido bastante associada à figura de vocalista e baixista, Gessinger passou a maior parte do tempo empunhando o instrumento com o qual iniciou essa jornada: a guitarra.

Além da biografia, outro item relacionado à trupe gaúcha chegou às lojas no ano passado – na verdade, retornou às lojas. Foi o disco de estreia deles, ‘Longe Demais das Capitais’ (1986), relançado pela Sony Music com a série limitada ‘Meu Primeiro Disco’ (CD+LP). São deste trabalho canções como ‘Segurança’, ‘Toda Forma de Poder’, ‘Sopa de Letrinhas’ e a faixa-título.

Para falar desses assuntos, entrevistamos Humberto Gessinger. Confira!

Folheando o livro, acabei me deparando com a foto de uma bela coleção de Gibson SG. Por que sua preferência por esse modelo?

Além do som, gosto das SG porque ocupam uma posição legal no imaginário do rock. Não têm o heroísmo das Strato e Les Paul nem o “coitadismo” alternativo das Jaguar e Musicmaster, que viraram moda no período em que voltei à guitarra. Quanto às Telecaster, acho que me traumatizei depois de encomendar uma vintage e receber uma de metaleiro. As SG são, para a guitarra, o que os Rickenbacker são para o baixo.

Depois de 1994, com a saída do guitarrista Augusto Licks, os Engenheiros entraram numa certa constante troca de integrantes. Com isso, foi inevitável a mudança do som. No final das contas, você acha que foi positivo?

Não dá para analisar a vida em termos de “negativo” e “positivo”. Quase tudo carrega aspectos bons e ruins misturados. Como diz a música: “Teu maior defeito talvez seja a perfeição/tuas virtudes talvez não tenham solução”. Num mundo ideal, talvez as bandas nunca mudassem de formação, mas talvez esse mundo não precisasse de música. Costumo dizer que, se tivesse gravado ‘A Revolta dos Dândis’ na guitarra, o disco venderia muito mais, mas ficaria muito menos interessante. Não dá para comparar os vários guitarristas que passaram pela banda, pois cada um participou de um momento histórico diferente. Lendo o livro, dá para ter ideia da incrível mudança que ocorreu na cena da música neste período.

Essas trocas de integrantes revelam certa crise de identidade sonora em algum momento da banda?

Não. Se analisarmos os discos individualmente, veremos que todos têm sua força. Nisso, os Engenheiros do Hawaii sempre foram constantes. Às vezes, com mais exposição, às vezes, falando para os “fãs de fé”. Mas sempre convictos e sinceros. Quanto mais passa o tempo, menos importantes ficam os rótulos. O que fica é a música. Quando um disco sai, fala-se pouco da música e se dá muita importância às coisas acessórias, como quando o Radiohead lançou ‘In Rainbows’ e só se falava da forma como o disco seria vendido, tendo o preço decidido pelo comprador. Afinal, era um disco ou uma tese sobre economia no mundo globalizado?

Se a banda voltasse, você assumiria a guitarra ou o baixo?

No momento, não penso seriamente em voltar. Então, qualquer resposta seria tão subjetiva que não faria sentido.

Explique qual é a função do violão no Pouca Vogal.

No Pouca Vogal, o lance é analisar o formato como um todo. Toco violão, viola caipira, harmônicas e, ao mesmo tempo, faço as linhas de baixo com os pés. Forma e conteúdo são inseparáveis no Pouca Vogal. Tão importante quanto as músicas que estamos tocando é a forma como as estamos tocando. ‘Toda Forma de Poder’, por exemplo, só gravei com o Pouca Vogal por causa do arranjo que o Duca fez usando o violão como um instrumento de percussão e harmonia. É raro ver um duo na cena local. Muito mais raro, um duo formado por quem venha do rock. Com os Engenheiros, montei uma banda esquisita que, mal ou bem, se encaixou numa cena que existia. Com o Pouca Vogal, estamos inventando a nossa cena. Construindo a estrada para andar nela. Falando especificamente de violão, o Duca é o virtuose e eu jogo para o time. Minha viagem desde sempre foi mais a composição.

Escrever a biografia te serviu para fechar ou abrir um ciclo?

Fechar e abrir, claro. A vida não tem capítulos como as novelas. Espero voltar a tocar algum dia com o pessoal que me acompanhou na história dos Engenheiros do Hawaii. Mas será algo puramente nostálgico e eventual, reencontro e celebração. Não me vejo gravando material inédito como Engenheiros do Hawaii. Hoje, acho o Pouca Vogal uma plataforma mais coerente para expressar o que penso e sinto.

No ano passado, foi relançado o disco ‘Longe Demais das Capitais’. Para você, o que representa esse trabalho?

Ouvi ‘Longe Demais das Capitais’ outro dia e achei que envelheceu bem. É uma boa representação do que éramos. As virtudes e os defeitos estão todos ali. É muito sincero. Se eu voltasse aos Engenheiros do Hawaii hoje, acho que faria um som parecido. Espero que isso seja um bom sinal. Mas isso é só uma especulação. Nos próximos dois anos, ao menos, sigo só no Pouca Vogal.

Musicalmente, não há muito segredo nesse disco. É o som típico dos anos 1980: guitarras ora limpas com algum chorus, ora distorcidas. Nem todos sabem, mas você é o guitarrista neste disco. Fale da sua ideia para as partes de guitarra deste álbum.

Se, na época, eu não pensava no que fazia, não vai ser agora que vou pensar [risos]. Tivemos pouquíssimo tempo no estúdio, e isso foi bom. Basicamente, fotografamos o que fazíamos na estrada e fizemos poucos overdubs. Não queríamos desvirtuar a onda do trio. Também não queríamos escorregar e cair no heroísmo dos power trios. Não era nosso lance e nem tínhamos a técnica necessária. Gravamos sem clique, foi tudo direto, inclusive os efeitos. Há momentos em que o delay e a bateria começam a brigar. Mas acho bacana uma vibe “low-tech”.

Você se lembra dos equipamentos que utilizou para gravar?

Precariedade total! Eu ainda não tinha conseguido grana para comprar um amp legal. O produtor, Reinaldo Barriga, conseguia alguns amps emprestados, mas cada dia era um diferente. Era sempre uma surpresa: chegar ao estúdio e descobrir qual seria o amplificador do dia [risos]. A guitarra que aparece na capa é uma Fender Telecaster. Não era fácil conseguir instrumentos na época. Pedi para um amigo que vinha dos EUA trazer uma Tele clássica, sunburst, mas o cara me trouxe um modelo estranho, com dois humbuckings imitando DiMarzio, alavanca de metaleiro e na cor prateada. Fazer o quê? Era minha e me apaixonei por ela. Também usei uma Ibanez Allan Holdsworth vermelha. Comprei essa porque era fã dele. De efeitos, usei três pedais Boss: compressor, chorus e overdrive. Descolei um Voice Box para gravar a música ‘Fé Nenhuma’ e tenho até hoje. Voltei a usá-lo na canção ‘Na Veia’, um tempão depois.

Disponível emhttp://guitarplayer.uol.com.br, acessado em 05/fev/2010.